domingo, 22 de junho de 2025

21/06/2025

Hoje voltei da Madeira para Lisboa. O céu estava meio nublado, como eu. Nem claro, nem fechado. Só cheio de coisas por dentro.
Na descolagem senti aquele medo habitual. O corpo encolhe, a mente acelera. Sem pensar, apertei a mão do Du. Ele não reagiu. Não se afastou, mas também não retribuiu. Ficou ali, quieto. E eu percebi. Soltei devagar. Não quis que notasse o que aquele gesto dizia sem palavras.
Durante o voo tivemos conversas que tocaram mais fundo. Falámos de coisas sérias, coisas que normalmente ficam no fundo da gaveta. Foi estranho como tudo fluiu com leveza, mesmo sendo denso. Com ele sinto que posso dizer mais do que costumo mostrar.
Na aterragem, quando o medo voltou, ele percebeu. Ele foi-me apontando lá de cima as ruas, os bairros, os lugares de Lisboa que começávamos a ver da janela, entre um sorriso e um suspiro, fui voltando devagar ao corpo. Como se aquelas palavras me trouxessem de volta ao chão com menos medo.
Foi uma aterragem suave por fora e confusa por dentro. Nem sei bem o que sinto. Só sei que com ele tudo parece mais fácil de suportar, mesmo o que nunca deixei ninguém ver. E talvez isso diga mais do que qualquer resposta que ele não me deu.
Por fim passei a noite na casa dele. Adorava ter dormido abraçado a ele, mas isso é pedir de mais. 

sexta-feira, 20 de junho de 2025

20/06/2025

Hoje fui com o Du ao Pico do Areeiro ver as estrelas. A Madeira tem destes lugares que nos tiram o fôlego, mas hoje o que me tirou mesmo o fôlego foi ele.

Estava tanto frio lá em cima. Abracei-o, meio por instinto, meio por vontade de ficar mais perto. Disse que era só para me aquecer, mas acho que o meu corpo falou mais do que as palavras conseguiam esconder.

Enquanto olhávamos o céu, senti aquele silêncio confortável que só existe com quem realmente nos faz bem. E dei por mim a pensar que talvez estes sentimentos que ando a empurrar para o fundo estão a começar a querer existir cá fora.

Não sei o que isto é. Só sei que hoje, por uns instantes, desejei que aquele abraço não acabasse. E que talvez, só talvez… ele sentisse o mesmo.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

19/06/2025

Não sei se é só carência ou se é mesmo este desejo crescente de estar com ele.
A verdade é que aquela conversa mexeu demasiado comigo. Ele contou, como se fosse nada, que comprou um dildo na Amazon para se ajudar a vir-se. Soou tão íntimo, tão cru… e eu mal consegui controlar-me. Foi intenso demais.
Desde que ele esteve fora de Portugal, senti um vazio estranho. Uma vontade incontrolável de o ver, de estar perto. Será que isso é paixão?
É tudo tão confuso, tão novo. E por mais que tente racionalizar, continuo a pensar nisto sem parar.
Mas preciso manter-me firme. Não posso ceder. Não posso envolver-me com alguém que, no fundo, sei que me vai rejeitar.
Mesmo assim… o coração não entende o que a cabeça já sabe.

Desejá-lo em silêncio foi o incêndio mais calado que já ardeu em mim.

quarta-feira, 18 de junho de 2025

18/06/2025

Hoje falei com o Duarte, talvez eu seja mais uma vez a pessoa errada que goste dele.
É dificil sofrer em silêncio por alguém que nunca vai gostar de nós.
É só triste mesmo,  já escrevi várias histórias destas e sei como todas terminam.
Já lhe dei os sinais suficientes e ele próprio já notou. 
Se estivesse a fim de mim teria feito algo, então se não o fez foi porque não pertende iniciar nada comigo.
Hoje levou me a conhecer mais coisas da vida dele e claro que eu me derreti, mas não quero criar ilusões.
Hoje comheci um rapaz o Daniel da Madeira pessoalmente,  ele é mega giro como o sempre achei, ele contou me que tem uma relação mas que já está mais para acabar que outra coisa o que me faz pensar novamente que estas relações são todas uma merda.
Ainda assim o Du mexe comigo muito mais.
O du disse me literalmente que eu nao sou o tipo dele no meio de uma conversa en um bar na frente do Daniel, senti-me uma merda claro.
Odiei a sensação de rejeição,  mas no final da noite o que fiz foi lhe dizer que é verdade que sinto algo por ele mas de forma suave sem ser directo ao ponto. Não é exactamente o tema que gostaria de tocar mas estava a sentir me forçado.
Penso que quando ler a minha mensagem vai entender.

terça-feira, 17 de junho de 2025

17/06/2025

Acabei de acordar, e agora pensando de forma mais clara, isto não vai dar em nada.
Este homem consegue-me fascinar bastante. 
Uma mistura de uma vida misteriosase e coisas em comum.
Facilmente consigo imaginar como seria se ele me apresenta-se à mãe. 
Estas férias na Madeira têm sido incriveis, tem paisagens muito bonitas e tenho feito muitas caminhadas.
Hoje vou fazer de conta que toda àquela conversa de ontem não existiu.
Existem segredos que não devem nem ser falados. 
Sempre que olho para ele sinto um desejo carnal muito dificil de controlar, é meu amigo, não posso estragar tudo. 
Estou meio estranho rodeado de pensamentos. 
Estou a viajar ainda em pensamentos como se estivesse preso nisto.
Não estou a conseguir reagir. 
Talvez me esteja a colocar de parte. 
Já faz algum tempo que não me sentia assim a viajar em pensamentos, não gosto nada de estar assim, eles vão começar a notar que não estou bem. 
Preciso voltar ao normal.
Que cena estou a sentir o coração nas lonas. 
Hoje depois de ontem ter bebido poncha e de hoje ter ido à prova de vinhos do vinho Madeira, estou a sentir-me muito mole.
Sinto o meu coração nas lonas. 
O Duarte confrontou-me sobre a cena de ontem. Ele sabe claramente que eu gosto dele. Se ele gosta ou não de mim, não sei, mas o medo de rejeição faz com que não lhe diga nada.
O Vitor veio ter connosco, mas a cena é que nem tenho vontade de estar com ele. 
Eu deveria voltar e não os deixar ali sozinhos sem mim. 
Vou acabar de escrever isto e vou lá ter com eles.
Estou ansioso para voltar para casa e ir dormir. Preciso de voltar ao normal.
Estas coisas do coração não são nada fáceis de gerir. É este o motivo de eu nunca gostar de me apaixonar por ninguém.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

16/06/2025

Tenho estado de férias em casa do Duarte.
Hoje percebi que ele sabe que eu gosto dele.
Sei que nunca vai dar em nada e prefiro te-lo como amigo do que de forma alguma.
Não é a primeira vez que sinto isto, ja em casa da minha irma quando dormi com ele eu abracei-o e desejei que ele fosse parte da minha família. 
Muito antes disso ja desejei isso em casa da minha irma bela.
Sempre lhe dei conselhos sobre relacionamentos, não bem por ser amigo mas porque gosto muito dele.
Hoje estou bem agitado com isto.
Tenho vontade de o abracar de o beijar e dizer-lhe claramente que gostaria de ficar com ele, mas existe uma amizade de vários anos que nunca iria colocar em causa. 
Bebi demais e ele disse me claramente que sabia mesmo sem eu lhe dizer que eu sinto algo por ele. 
A cena é que ele nao sente nada por mim e então não poderia tentar nada.
Estou a ser ponderado e se ele não der o primeiro passo eu não irei dar, mesmo que tenha vontade disto.
Vou lutar com todas as minhas forças para não dar passo algum. Na verdade até acho que já dei esse passo. Se ele sente e sabe que gosto dele então já fiz a minha parte. Agora cabe a ele tentar se realmente quiser. Se não der esse passo é porque não tinha de ser. 



domingo, 15 de junho de 2025

15/06/2025

Estou de férias na Madeira.
Hoje passado todos estes anos eu vim conhecer a Madeira, foi incrivel fazer esta viagem com a Gaby e o Du.
Gostava de abordar um assunto hoje, não sei se é carência minha mas, sempre que estou com o Du ultimamente sinto atracao por ele, sinto carinho e vontade de o abraçar.
Talvez nunca tenha coragem de lhe dizer. Talvez nunca tenha coragem de tentar ter algo mais. Tenho medo por estas amizade de anos e por isso sempre fujo disto.
Mas eu gosto dele. Recordo-me da primeira vez que o vi quando o meu ex namorado me apresentou, achei-o super giro.
E ao longo de todos estes anos sempre que estou com ele eu sinto que gosto dele, mas este é um gostar diferente. Não é um gostar sexual é um gostar de o querer proteger por ser mais novo e ao mesmo tempo, admiro a inteligência dele.
Elebpor vezes é mais bruto a falar mas eu gosto dele ainda assim.
Hoje estou a dormir ao lado da cama dele mas tenho uma terrível vontade de deitar ao lado dele, mas eu nunca o faria, não iria querer invadir o espaço dele.
Provavelmente nunca vamos ter nada, mas eu dou-lhe deixas bem softs mas não sinto que seja correspondido. 
Este medo de não ser correspondido faz com que eu nunca queira dar esse passo.
Poderá dois amigos ao fim de tantos anos se apaixonarem?